sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Eu sou o tempo



Ao tempo que tudo insiste e amola

As piores traças, um rápido tecer

De linhas e pinturas simplórias

Retrata a vida de um ínfimo ser


Nas mãos, marcas da mais pura verdade

O corpo denuncia traços de imperfeição

No todo, o que é belo em sua infinidade

Nos pés, a trajetória perfeita da razão


O que digo aqui não pode ser apenas visto

Como débeis mentiras, maiores desgraças

Porque até o sentimento mais nobre confisco


Ao tempo irredento que julga e passa

No mais belo pôr-do-sol ou no último suspiro

Que nem a vida, nem o homem e nem a morte escapa


E nem a velha esperança no infinito

Um comentário:

  1. Pelas minhas aventuras e desventuras únicas e dignas de um caserna militar, eu passei 3 dias que considero 3 meses no mato num treinamento de sobrevivência na FAB. Lá eu percebi o que realmente nos faz humanos.

    E são Exatamente essas coisas que vc disse, porém, com a felicidade de nascer o Sol toda manhã, comer todo dia e descansar a noite.

    Como diria o Einstein, "Tempo não existe, quem dirá que passa"....rsrssr

    Gosto dos seus texto!

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