terça-feira, 21 de dezembro de 2010

É tempo de... ter tempo


[parag]Sem querer ser clichê e dizer porque é Natal estamos em fase de renovação, união etc etc etc Apenas digo que podemos aproveitar esse clima diferente que surge no final do ano para ter um pouquinho mais de tempo para nós, para a família e amigos, já que isso está se tornando algo cada vez mais raro no nosso dia-a-dia. Geralmente o que acontece nessas épocas é a correria total, comprar presente para o amigo oculto, para fulano, sicrano, comprar enfeites, enfeitar a árvore, pensar no que vai ser preparado de refeição no dia X, é tanta coisa que ao invés de conseguirmos mais tempo para dedicarmos as pessoas que amamos, acaba que nós ficamos cheios de coisa para fazer, e acontece então a mesmíssima coisa que acontece conosco o resto do ano: a falta de tempo.

[parag]Outro dia, há alguns meses atrás, eu fiquei impressionada, pois moro em Belo Horizonte e ouvi um especialista dizer que em 10 anos (não tenho certeza se foi mesmo esse o número) o trânsito aqui em BH seria o mesmo de São Paulo. Já viajei para lá e uauuuu que pesadelo que são aquelas ruas. E olha que lá tem muitos mêtros, para quem já veio ou mora aqui em BH sabe que agente quase não usa metrô. Simplesmente porque o número de estações são escassas. O metrô daqui deve ter aproximadamente umas 12 estações, no máximo. Enfim, não serve pra nada. O que ocorre é que eu nem acreditei nesses números, achei meio difícil isso acontecer tão rapidamente, mas hoje posso dizer tranquilamente o seguinte: quebrei a cara. Não digo que o especialista estava certo, porque não estava, isso certamente vai acontecer num tempo beemmm menor que 10 anos, se já não está acontecendo. Estou dizendo isso agora porque antes eu não pegava tanto ônibus quanto pego atualmente, afinal no momento isso faz parte do meu trabalho, então todo dia devo pegar aproximadamente umas 3 ou 4 linhas de ônibus, tanto para dentro de belo horizonte quanto para a região metropolitana, o que me faz ter uma vivência muito real da situação do trânsito aqui em BH. Primeiro, todos os horários (de manhã, de tarde e de noite) os ônibus estão cheios. É um sufoco para achar um lugarzinho para sentar. Segundo, o tráfego. Antes engarrafamento era mais comum apenas no centro, agora as regiãos que estão com esse problema são inúmeras: avenida dom pedro II, avenida raja gabaglia, Savassi, Pampulha... Hunnf

[parag]Há algum tempo atrás eu diria veemente que nunca me mudaria para São Paulo justamente por causa desse problema no trafégo. Agora, não digo isso mais com tanta veemencia. Mas eu também não duvido que isso esteja acontecendo em grande parte das cidades metrópoles do Brasil (se é que posso chamar Belo Horizonte assim, porque pra quem mora em SP ou RJ aqui ainda é roça hahaha), afinal o carro virou algo mais popular e acessível. Quem tem a oportunidade de comprar não a perde. Uma solução que talvez melhoraria essa situação, pelo menos um pouquinho, seria a ampliação do mêtro daqui de Belo Horizonte, que como eu já havia dito, não serve pra nada. Outra solução, que até a prefeitura já está tomando providências, seria a ampliação dos viadultos. Mais uma seria deixar de ser preguiçoso e andar a pé ou de bicicleta quando possível. Afinal, sejamos sinceros a preguiça em ir a pé para lugares a 10, 15 ou 20 minutos de casa também está se proliferando. Os motivos são variados. Mas isso é assunto para outro post. Hehe


Feliz Natal a todos!!! Abraços insanos!!!


sábado, 11 de dezembro de 2010

Voltando a ativa... e com muito gás (falando sobre telemarketing)


pppBom, essa deve ser a quinta ou sexta vez que eu começo um blog e o deixo pela metade, devo confessar. O que sempre acontece é que eu fico sem tempo ou sem internet por algum motivo. Desta vez, foi a segunda opção. A internet que possuo em casa é a wireless, e não sei se isso é ou não uma características desse tipo de conexão sem fio, mas o que acontece é que ela sempre some e fica dias, semanas, às vezes até meses sem funcionar. É claro que você deve estar pensando: "Uau, mas você não toma nenhuma atitude com relação a isso?" Não vou dizer que sou das pessoas mais acaloradas para resolver esse tipo de situação, mas tentar já tentei e não consegui... O que ocorre é que o suporte a banda larga de minha operadora é péssimo. E acredito que não só a minha, mas de todas as operadoras disponíveis em território nacional. Só que o problema não é só com o serviço de internet, que também é uma mer** (com o perdão da palavra), mas também a única pessoa disponível para te ajudar nessas horas de falha: o operador de telemarketing. Ajudar vírgula, porque nos call centers a desinformação com relação ao serviço é tanta, mas tanta, que a chance de você resolver o seu problema na primeira vez que ligar é menor do que 50%. Tudo depende de sorte: de você cair com um operador que realmente está lá pra trabalhar (que corresponde a mais ou menos 20% dos contratados) e desse mesmo operador ter o conhecimento necessário para resolver o seu problema (pois é, a probabilidade cai para uns 10% ou menos).
pppO que quero dizer com isso é que aqui no Brasil todos os problemas referentes a telefonia e internet, que precisam de um suporte via telefone, são dificilmente resolvidos por esse mesmo meio. Mas a culpa disso não é do operador de telemarketing que não quer trabalhar, como a maioria das pessoas pensam. A culpa é das condições de trabalho que esse operador tem que enfrentar no dia-a-dia profissional. Primeiro, a desvalorização deste tipo de emprego, que é visto pelas pessoas como última opção empregatícia, elas acham que uma pessoa só trabalha nisso porque não é qualificada para outros tipos de emprego (vejam bem, não estou dizendo que não é verdade); segundo, o salário baixíssimo, como se não bastasse geralmente ser um salário mínimo, quando o mesmo sofre reajuste nacional, o salário do operador de telemarkentig é o último a ser reajustado (demora meses depois do reajuste); terceiro, a falta de educação e o jeito presunçoso do brasileiro que faz esse tipo de profissional ter de aguentar desaforos e xingamentos todos os dias, muitas vezes causando depressão e problemas psicológicos; e por último, não basta o próprio trabalho ser cansativo, a própria estrutura das empresas de call center contribuem para a fadiga do profissional: o ar-condicionado que sempre está ligado em temperatura muita baixa devido aos computadores ligados, o que faz grande parte deles terem constantemente inflamação na garganta, crise de sinusite, gripe e problemas respiratórios em geral; o uso diário do headset que gera dores de ouvido, inflamação e às vezes calo atrás das orelhas; o uso direto do computador, que causa problemas na visão, nas articulações dos dedos, nos músculos, nos braços, na coluna... Enfim o número de doenças e incômodos que o operador de telemarketing pode ter são inúmeros. E mesmo assim, ele tem que estar sempre alegre e bem disposto a atender o pior tipo de cliente: o grosso, o mal educado, o egoísta, o dono da razão etc ppppppppppppppppppppppAgora a pergunta que não quer calar é: Como as empresas querem que esse profissional preste um atendimento de qualidade se todos os dias ele tem que encarar essas condições? Não vejo uma resposta clara e justa. Fico pensando uma forma de solucionar o problema, mas não vejo outra senão revolucionar o suporte pós-venda. Não adianta a Anatel (órgão responsável pelos serviços de telecomunicações) aplicar leis mais rígidas às empresas de telefonia porque isso só faz com que a pressão sobre os operadores seja maior, o que causa maior queda na qualidade do atendimento. O que é preciso melhorar são as condições desse trabalhador.
pppUm profissional mais feliz é aquele que vai querer prestar um atendimento de qualidade, o que não é o caso atualmente. Se você ganha mal, tem um trabalho cansativo, vive ouvindo desaforos que mexe com o seu psicológico, como vai conseguir gostar do que faz e fazer um bom trabalho? Uma vez eu li em um texto que agente não deve fazer o que gosta, mas sim gostar do que faz. Não cabe a mim julgar se isso é verdade ou não, mas o que posso dizer é o seguinte: pra gostar do que faz você tem que ter um emprego que te respeita (no sentido de que não te deixa exposto a tantos riscos e ainda te exige que trabalhe bem). Não é o caso do telemarkenting.


Obs: Sim, eu já fui operadora. Nunca saí de um lugar tão aliviada. Foi um adeus a dores de cabeça e ao estresse diário.