domingo, 23 de novembro de 2008

Flores da vida

Guardo dolorosamente em meu peito
Pacato e vazio buquê de flores
De sentimentos belos e vividos
Puríssimos e sórdidos amores

No meio disso a convicta destreza,
Companheira implacável da solidão
Em momentos únicos e não-sortidos
Põe mais uma flor em meu coração

Dito e feito o belo ciclo da vida,
Vastas são as flores que continuam
Em meu humilde coração a habitar

Coração este que age e lida
Com o ódio, o amor, a tristeza, a vida
E diz – se diz! – que o ciclo irá terminar

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Ah, vida, bela vida...
Num dia começa
No outro acaba
È bem vivida?
É, mas dela não se sabe nada
de onde ela vem?
Ninguém sabe
Onde termina?
Nada sabemos também
Ela vale a pena?
Pelo mal ou pelo bem
Quem nunca a experimenta
Nunca terá o prazer de viver
E a tristeza de morrer também

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Por que eu tenho que analisar tanto?




Às vezes me pergunto isso. Reparo em como as crianças brincam, como elas levam a vida. Crianças não analisam a vida. Elas simplesmente vivem. E são tão mais felizes que adultos... Será que o fato de adultos serem menos felizes é simplesmente por causa das responsabilidades, dos compromissos? Ou isso não será uma consequência de nós querermos ter respostas para tudo?

Não sei se isso é bom ou ruim. Eu não sei de nada.

Ninguém sabe. Tentar descobrir o propósito da vida, o propósito do mundo. Parece que não leva a nada. Acabamos não aproveitando a vida que temos. Vida que hoje em dia, parece estar toda programada desde o nosso nascimento: você nasce, estuda, passa no vestibular, entra para uma faculdade, escolhe uma profissão, casa, filhos, rotina... É assim mesmo que a vida tem que ser? Pré-programada? Não basta viver o momento? Temos que saber o futuro?

Perco grande parte do tempo de minha vida apenas para imaginar o que irá acontecer no dia seguinte. Imagino falas, situações, surpresas (que não podem ser denominadas surpresas)... E o que acontece depois? Nada.

Nada do que pensei, nada do que imaginei acontece. É um desperdício de tempo.

Não recomendo ninguém a fazer isso. É viciante. Você faz uma vez e não consegue largar.

Como poder ser prestativa, ajudar as pessoas e o meio-ambiente, como poder fazer a diferença, sendo tão indiferente como as crianças? Como fazer isso simplesmente vivendo?

Se eu experimentar talvez poderei descobrir.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Saudações!



Este blog era para ser a continuação do endereço: http://www.opiblogger.weblogger.com.br/, porém como este era um servidor que tinha um total compromisso com os seus utilizadores, fechou os blogs de todos sem nenhum aviso prévio. Perdi todos os textos e informações que havia postado no referido blog.

Bom, como não vim aqui para fazer críticas, não irei prolongar essa discussão.

Resolvi criar outro blog porque gosto deste espaço. Gostaria de publicar vários textos e opiniões e claro, ouvir as opiniões de meus pacientes e excelentíssimos leitores. O meu blog antigo, como infelizmente não deixou vestígios, era estruturado em torno de uma análise da socieade em geral. Postava mais artigos de opinião do que tudo. Neste, eu tentarei ser mais flexível e publicar outros estilos de texto, como poesias que adoro fazer. Já adianto que sou apaixonada por essas frias teclas de meu computador e meus textos não são lá muito pequenos e objetivos. Mas posso garantir que a maioria não é exaustiva. Pelo menos para o leitor interessado.

Enfim, estou feliz por estar inaugurando um blog que, pelo menos espero, poder continuar por muito tempo.

Espero que gostem. E para ter um ar de boas-vindas ao leitor, publico uma primeiro quarteto:


"Se não disse nenhuma verdade a Terra,

O Universo certamente não a dirá

Quem não entende a si próprio é quimera

Que mais outro alguém entenderá".